Linha do tempo da propagação do evangelho x linha do tempo da apostasia - parte 02.

Como vimos na linha do tempo, parte 01, a perseguição à Igreja verdadeira ajudou a aumentar a sua pureza e o número de cristãos crescia em número e qualidade.Vimos também que quando Constantino ascendeu ao posto de imperador e, a igreja aliou-se ao estado, parecia-lhes que o cristianismo triunfaria ali, mas, na realidade isso produziu resultados desastrosos dentro da Igreja. Assim, em 313, Constantino apoiou o cristianismo e o fez religião oficial do Império Romano, nascendo assim a Igreja Católica Apostólica Romana.

A Igreja que nasceu através de Constantino, não mais protestava. A decadência doutrinária, moral e espiritual da Igreja, começou quando milhares de pessoas foram batizadas e, recebidas como membros da mesma, sem terem experimentado a real conversão bíblica. Verdadeiros pagãos que eram, introduziram-se no seio desta Igreja trazendo consigo os seus deuses, que segundo eles eram o mesmo Deus que os cristãos da Igreja Verdadeira (Primitiva) adoravam.
Dizem os historiadores que desde o ano 133 a.C até o ano 376 d.C, os imperadores romanos eram considerados como Sumo Pontífice da Ordem Babilônica. Um dos imperadores, chamado Graciano se negou a liderar essa religião não-cristã, então a ideia que tiveram foi nomear um bispo da Igreja Católica em Roma para assumir esse cargo, e, no ano 376 ocorreu a união numa só pessoa de todas as funções do bispo pagão com os poderes de um bispo cristão. Essas, são as raízes segundo a história, do Papado.
  Não demorou para que houvesse violenta queda moral da Igreja.  Para atos julgados imorais, havia severas penas, enquanto que para ofensas menores,  havia penitências,  tais como:  confissões públicas,  jejuns e orações.  Para faltas mais graves, havia excomunhão.
Os bispos tornaram-se chefes da Igreja;  prevalecendo  entre eles  a  ambição  de  poder.  Meios ilícitos,  os mais vergonhosos, eram empregados neste  sentido. Diz o historiador Gibbons:  "Enquanto que um dos  candidatos ao  bispado ostentava as honras de  sua família,  um segundo atraía os  juízes pelas delícias de uma mesa farta,  e  um  terceiro  mais criminoso  que  os  seus  rivais,  propunha repartir os saques da Igreja entre os cúmplices de suas aspirações  sacrílegas."
A Igreja perdera, em suma,  a  sua humildade.  Tornara-se rica, poderosa, respeitável, mas corrupta. Aqueles que haviam se tornado os líderes da Igreja,  tornaram-se ditadores.  O reinado de Cristo fora rejeitado!  Em seu lugar surgira o reinado do céu, reinado de Roma e reinado da  Igreja! Evidentemente, o cristianismo puro, simples e Maravilhoso de Jesus,  o Nazareno,  fora conspurcado!  A Igreja do Cristo vivo perdera a sua dignidade!  Estava em decadência.


Fontes: 
[1] Oliveira, Raimundo F. de, 1949 – Heresiologia: discernindo entre a verdade e o erro. 4ª ed. – Campinas, SP: EETAD, 2002.

[2] Oliveira, Raimundo F. de, 1984 - História da Igreja: Dos Primórdios à Atualidade. 2ª ed. Campinas, SP: EETAD.

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